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A educação profissional no Brasil é uma das principais apostas para melhoria da competitividade da indústria brasileira. O investimento no ensino profissionalizante vai permitir a retomada do crescimento econômico do país de forma contínua, gerando melhores oportunidades de emprego e renda para jovens e adultos.
Segundo o relatório Competitividade Brasil 2019-2020 da CNI, o Brasil é o 13º em competitividade entre 17 países com economias parecidas no ranking da Educação. Apesar do aumento dos investimentos públicos (como proporção do PIB), o Brasil ainda está entre os últimos colocados nos quesitos disseminação e qualidade da educação. Já na classificação geral, o Brasil aparece em 17º lugar, à frente apenas da Argentina.
O resultado do levantamento mostra a necessidade de manter os investimentos e melhorar a qualidade do ensino. Em relação à Educação Profissional e Tecnológica (EPT), o Brasil ainda precisa avançar, pois apenas 9,3% dos estudantes estão matriculados em cursos profissionalizantes, de acordo com os números do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em países da União Europeia, essa proporção é superior a 50%.
Contudo, o Censo Escolar da Educação Básica 2019 do Inep mostrou que as matrículas na educação profissional registraram um aumento de 11.519 alunos em relação a 2018, totalizando 1.914.749 estudantes.
Um outro fator a ser considerado é sobre a formação técnica gerar efeitos na renda.
Na pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), os profissionais que fizeram cursos técnicos registraram um acréscimo, em média, de 17,7% na renda, em relação a trabalhadores com o mesmo perfil socioeconômico, que concluíram apenas o ensino médio regular. Nas regiões Norte e Nordeste, esse percentual é de mais de 21%.